É a criadora dos Movimentos Essenciais e coordena a Capacitação em ME online e presencial bem como os programas dos ME adaptados para projetos e agentes de mudança social, em Centros de Reabilitação, Presídios e comunidades indígenas, nas áreas da Justiça, Saúde e Educação, entre outros. Os ME são o resultado de sua trajetória profissional e vivência pessoal, decorrentes de uma rica mistura de mundos. Tanto por ter vivido em muitos países, como filha de diplomata, interagindo com pessoas de múltiplas culturas, como por congregar experiências, aprendizados e conhecimentos das mais diversas áreas – empreendedorismo, espiritual, terapêutica e transgeracional.
En el Ministério Público de San Pablo-MPSP en Marzo 2019, en Holos 1º Congreso Internacional de Terapias en Santa Fé, Argentina. En el Congreso Internacional de Pedagogía Sistémica en el CUDEC, en 2013, en México. En el 6o Congreso Internacional IOCTI (Entrenamiento de Constelaciones Organizativas Intensivas), en Uruguay, en 2014. En el Congreso INFO360 Agriness 2018. A los directores de Transalvador, Salvador 2017. En la Universidad de Caxias do Sul 2017. En el Festival Vida & Arte, Fortaleza 2018, entre otros.
ANTES MESMO DE GANHAR O NOME DE “MOVIMENTOS ESSENCIAIS,” OS PRINCÍPIOS E FUNDAMENTOS QUE O EMBASAM E NORTEIAM FORAM SURGINDO E SE DELINEANDO PARI PASSU COM A HISTÓRIA DE VIDA DE SUA CRIADORA, CLAUDIA BOATTI, E SEGUE TOMANDO FORMA E SE ENRIQUECENDO
En Nuevas Constelaciones Familiares, de Brigitte Charpentier de Ribes, de España. Ex profesora del Centro Latinoamericano de Constelaciones Familiares de Argentina (ex Centro Bert Hellinger de Argentina, dirigido por Tiiu Bolzmann). Profesora Certificada por el Centro Bert Hellinger de Holanda, en Constelaciones Organizacionales, dirigido por Jan Jacob Stam y en Alemania con Gunthard Weber. Especializada en Constelaciones Estructurales, con Mathias Varga von Kibed, Amsterdam. Conoció a Bert Hellinger, en Bilbao, España, en el 2000 y desde entonces participó de Seminarios y Capacitaciones con él, anualmente, hasta 2014. Formadora de facilitadores del Pathwork; Graduada por The Pathwork Foundation / USA. Coordinó las primeras formaciones y fue responsable de llevar el Pathwork a Argentina, en 1995.
As crises foram oportunidades para Claudia dizer sim à riqueza das situações que a vida lhe trazia, e focar na tarefa que mais alegrava sua Alma. Apesar de vir de uma família católica, na qual poucos conheciam a visão oriental da espiritualidade, aos 18 anos inicia a prática meditativa que veio a ter um enorme impacto em sua vida.
Essas experiências desenvolveram em Cláudia uma observação aguçada da vida que possibilitou a percepção de novos caminhos.
No auge da carreira, como diretora e editora de uma muito bem sucedida revista de decoração e arquitetura, Claudia se depara com uma escolha difícil, a oferta de compra de parte da revista por parte do grupo Editorial mais importante da Argentina. Este momento marca uma nova e rica etapa de sua vida. “Uma voz, como se fosse a minha, porém ampliada, falou: vende tudo!”, conta ela. A compreensão sobre a venda, ou seja, de sair do projeto que amava, no momento em que mais cresceria, foi uma das “provas” mais importantes da existência de um nível de percepção mais sutil e novo. Ela não tinha nenhuma dúvida sobre o que tinha que fazer, ainda que estivesse com a sensação de estar “sem chão”.
“Uma voz, como se fosse a minha, porém ampliada, falou: vende tudo!”, conta ela. A decisão de sair do projeto que amava, no momento em que mais cresceria, foi uma das “provas” mais importantes da existência de um nível de percepção mais sutil e novo. Ainda que estivesse com a sensação de estar “sem chão,” não teve nenhuma dúvida sobre qual a melhor escolha naquele momento.
As crises se tornaram faróis para Claudia transformar dificuldades em recursos e focar na própria tarefa. O chamado para estudar “Pathwork” a levou não somente a se tornar formadora da formação que tomou no Brasil, como também a trazê-la para a Argentina. O mesmo ocorreu com as Constelações. Após estudar no Centro Bert Hellinger da Argentina com Tiiu Boltzmann e Bert Hellinger tornou-se professora do hoje Centro Latino-americano de Constelações Familiares e Organizacionais. Quando ensinava Pathwork, lhe pediam que compartilhasse seus conhecimentos sobre as Constelações. E vice-versa.
Pouco a pouco, a base dos Movimentos Essenciais nascia. No ano de 2011 Claudia criou o grupo de estudos “Integrando”. O convite era para que, em dois anos, os participantes pudessem perceber a riqueza dos saberes que começavam a emergir. As experiências, percepções e tomadas de consciência decorrentes do trabalho deste grupo somaram-se ao que Claudia já trazia de seu rico percurso pessoal e profissional e foi surgindo a base dos Movimentos Essenciais…
No ano de 2013, em meio a uma profunda crise decorrente de um grave acidente sofrido por seu filho, realizou uma palestra no Congresso de Pedagogia Sistêmica na Universidade Multicultural CUDEC, no México,.com o título de “E por que não a mim?” Nesta palestra Cláudia fazia um convite para experimentar a vida como “uma energia benigna” e indicava formas de se abrir para a riqueza contida nas situações difíceis vivenciadas.
Ainda no México, no mesmo congresso, Claudia entra em contato com uma frase de Paulo Freire que ressoa profundamente nela.
“Os oprimidos não são sujeitos a serem resgatados. Eles mesmos têm que se autodeterminar e resgatar a si mesmos. Na mão do opressor não podem descansar ambos, o poder de oprimir e de libertar. (Ideias da visão social de Opressores e Oprimidos”. Paulo Freire.
Nesse momento Claudia se deu conta que nela moravam todos os saberes necessários para que, no seu tempo, o desafio lançado por Freire se tornasse realidade.
Decide então levar Movimentos Essenciais para as pessoas que trabalham com os setores relegados da sociedade e colocá-los em prática. Esta ideia, para sua surpresa e alegria, teve aceitação quase imediata e Claudia recebe um convite para levar Movimentos Essenciais para a Secretaria de Infância, Adolescência e Família, em San Isidro, Buenos Aires, Argentina.
Um encontro de duas realidades opostas: o diretor da Secretaria e Claudia Boatti – Gerações e visões diferentes.
Embora tudo levasse a crer que seria difícil que pessoas com visões de mundo tão diferentes pudessem compreender as propostas trazidas pelos Movimentos Essenciais, o diretor que a recebeu na Secretaria abriu as portas para a capacitação, que foi declarada de interesse municipal por Decreto pela Prefeitura de San Isidro durante quatro anos consecutivos.
Claudia sentia que tinha que encontrar Irene Acero, colega do Centro Bert Hellinger e professora de Pedagogia Sistêmica. O propósito ficou claro em uma reunião na Secretaria de Infância, Adolescência e Família em San Isidro, quando convidou Irene para realizar a formação em Movimentos Essenciais para, no seu tempo, levar esse saber para a área da Educação. A caminho deste encontro, foi surpreendida com buzinas e gritaria. Era a primeira benção do Papa Francisco recém-eleito. E, em meio à confusão do trânsito e muitos faróis vermelhos transcorre uma tocante e premonitória troca de bênçãos entre Claudia, o motorista do táxi e o recém eleito pontífice. Neste momento germina a semente abençoada dos Movimentos Essenciais e Claudia passa a trocar e a compartilhar seus saberes com Irene Acero, da área da educação, e Flávia Val Giusti, da área da Justiça com a intenção de levar os Movimentos Essenciais para pessoas de essas áreas.
Muito importante para o que hoje são os Movimentos Essenciais foi o trabalho com comunidades em situação de vulnerabilidade, em Buenos Aires.
Claudia levou os Movimentos Essenciais, juntamente com um grupo de pessoas que trabalhavam em favelas, e o aprendizado com esta experiência, tanto com estas pessoas e com as próprias pessoas em situação de vulnerabilidade,foi essencial para aprofundar e enriquecer sua proposta.
Em 2015, Fatima Macedo, colega de Cláudia em diversas formações, organizou a primeira capacitação em Movimentos Essenciais no Brasil (no Grupo de Atuação em Defesa da Mulher – Gedem – do Ministério Público, setor que trabalha com pessoas em situação de vulnerabilidade). Este era exatamente o público para o qual Claudia acreditava se destinar à Capacitação. Ao acompanhar o processo, Fátima compreendeu que a capacitação em ME não deveria se limitar às pessoas que trabalhavam com os setores relegados da sociedade. Mas sim se abrir a todos, independentemente de sua idade, cultura e saberes.
A expansão sustentável dos Movimentos Essenciais no Brasil foi um farol para Claudia Boatti começar a viajar, levando a Capacitação em 2015 para Salvador e Florianópolis. Em 2016 Fortaleza, Belém. Em 2017 Porto Alegre e São Paulo. Bem como para assumir o compromisso de levar a capacitação para diferentes Instituições a cada módulo que conduzia.
Em Salvador, trabalhou com a Prefeitura no bairro de Itapuã.
Em Belém e São Paulo agentes penitenciários começaram a ser capacitados para uma nova forma de estar e atuar na vida.
Em Florianópolis, pessoas que trabalhavam para comunidades indígenas também participaram dos Movimentos Essenciais. Professores de escolas e de universidades também estavam presentes.
Em 2018 mais três capitais brasileiras se abrem para receber Movimentos Essenciais: Rio de Janeiro, Brasília e Caxias do Sul (RS), desta feita na Universidade, como um curso de extensão. O conhecimento e a prática dos Movimentos Essenciais se expandem, assim, para as áreas de Educação, Justiça e Segurança Pública.