Mahatma Gandhi

Gerações virão que dificilmente irão acreditar que um homem como este algum dia tenha andado na terra.
— Albert Einstein

Esta frase de Einstein refere-se a Mohandas Karamchand Gandhi (1869-1948), mais conhecido como Mahatma, Grande Alma, por sua adesão aos dois princípios fundamentais de Ahimsa, não-violência, e Satyagraha, a força da Verdade.

 

A partir desses princípios, ele inspirou o povo indiano a resistir, pacificamente, à colonização britânica resultando finalmente na independência em 1940.

 

Gandhi sustentava que a espiritualidade não consiste em recitar as escrituras, mas sim em cultivar o coração, o que requer uma força imensurável. Seu lema, “Devemos ser a mudança que queremos ver” (que é um dos princípios da ME) fala de uma vontade férrea colocada ao serviço da própria autotransformação.

 

Com seus jejuns, atos de desobediência civil pacífica, resistindo estoicamente à repressão e às prisões repetidas, Gandhi representava uma integridade espiritual focada em superar a tentação do assassinato. Satyagraha, dizia Gandhi, “é a reivindicação da verdade, do amor e da firmeza, que confluem e são sinônimos de força”. Tal ativismo pacífico e ascético exige, antes de tudo, um poderoso autocontrole, porque as “armas” que fazem de Satyagraha uma pessoa residem na alma.

 

É uma ferramenta militante pacífica: “quando as palavras não são suficientes para convencer ou deter o adversário, se utiliza a pureza, a humildade e a honestidade”. Não se trata de comprimir, converter ou aniquilar o oponente, mas de redimi-lo do erro com paciência e simpatia”. Até às últimas consequências. A raiz etimológica “sáb” significa abertura, honestidade e jogo limpo: nada mais é do que “verdade”.

 

As opiniões e crenças de cada pessoa representam uma parte da verdade. E, para entender a verdade com maior perspectiva, é necessário que as verdades sejam assumidas cooperativamente. Isso implica um desejo de comunicação e determinação para que aconteça e requer uma formação severa para desenvolver e melhorar as habilidades de comunicação. É uma espécie de transparência, de desnudez suprema. O sucesso revolucionário de Satyagraha deveu-se ao fato de que qualquer indivíduo poderia incorporá-lo, com ou sem um líder.

 

Os métodos de “Verdade em ação” incluíam orações, jejum, alfabetização popular e o uso da “roca de fiar” para fazer algodão e suas próprias roupas como símbolo de autonomia econômica.

 

PENSAMENTOS INSPIRADOS DE MAHATMA GANDHI:

“Tudo o que posso expressar, com extrema humildade, é que a verdade não será encontrada por aqueles que não têm um abundante sentido de humildade. Se queres nadar no oceano, tens que reduzir-se a zero”.

“Um olho por olho vai acabar nos fazendo cegos.”

“A vida é a maior de todas as artes.”

Nelson Mandela

EU SONHO COM UMA ÁFRICA EM PAZ CONSIGO MESMA

Nelson Rolihlahla Mandela, advogado sul-africano, ativista anti-apartheid, político e filantropo, presidiu seu país de 1994 a 1999. Foi o primeiro presidente de origem negra e africana a chefiar o Poder Executivo em seu país e o primeiro a ser eleito pelo sufrágio universal. Em 1993 recebeu o Prêmio Nobel da Paz.

Sua ação pacificadora, ao instalar a figura da Justiça Restaurativa, através da Comissão de Reconciliação e Verdade, foi fundamental para curar as feridas sociais produzidas pelo regime do apartheid e é um de seus legados mais importantes.

 

Ao longo de sua vida, procurou materializar esse sonho em uma África tumultuada que enfrentou, entre outros problemas, o atroz regime do apartheid.

 

Como líder do Congresso Nacional Africano lutou contra a segregação racial que oprimiu 80% da população negra da África do Sul, confinada em bairros cujo transporte, educação e saúde eram diferenciados em relação aos bairros da população branca que representava apenas 20%.

 

Neste contexto de luta, Mandela ficou preso por 27 anos. Após sua libertação, ele se tornou o primeiro presidente negro eleito democraticamente na África do Sul.

 

Um de seus principais ensinamentos foi o de uma justiça restaurativa para todos, que curasse feridas, que deixasse para trás o passado e levasse o país para o futuro.

 

Em seu primeiro discurso como presidente, Mandela falou: “Chegou a hora de fechar as feridas. O momento de fechar a brecha dos abismos que nos dividem. O tempo para construir está sobre nós.

Em busca disso, ele criou a Comissão para a Reconciliação e a Verdade, presidida pelo Arcebispo Desmond Tutu, cujo objetivo era reconstruir o tecido social devastado pelo regime do apartheid.

 

Esse modelo de justiça consistia em duas partes: por um lado, as vítimas contavam as experiências dos horrores que haviam sofrido, sem assédio ou questionamentos dos advogados, e, de outro, a confissão dos autores, que em troca de arrependimento e anistia, relatavam seus crimes.

 

A Justiça Restaurativa não busca o castigo, mas sim sanar as relações rotas, reabilitando tanto a vítima quanto o agressor. A voz das vítimas liderou o processo, permitindo que elas tivessem a iniciativa, recuperassem sua dignidade e retomassem o controle de suas vidas.

 

PENSAMENTOS INSPIRADORES DE NELSON MANDELA:

 

“Ao sair pela porta em direção à minha liberdade, soube que se não deixasse para trás toda a raiva, ódio e ressentimento, continuaria a ser um prisioneiro.”

 

“A coragem não é a ausência de medo, mas o triunfo sobre ele. O corajoso não é aquele que não sente medo, mas aquele que o conquista.”

 

“A educação é a arma mais poderosa para mudar o mundo”

PAULO FREIRE

OS OPRIMIDOS NÃO SÃO SUJEITOS A SER RESGATADOS, ELES TÊM QUE SE AUTODETERMINAR E SE RESGATAR A SI MESMOS. NA MÃO DO OPRESSOR NÃO PODEM DESCANSAR AMBOS: O PODER DE OPRIMIR E DE LIBERTAR.

Embora a proposta de Freire possa incitar à luta, com o que não concordo, eu a entendo como a forma de uma época. Para mim, hoje, a transformação social ocorre através da reconciliação. Concordo com ele quando diz que “… a grande tarefa humana e histórica dos oprimidos é libertar-se de si mesmos e libertar os opressores… Apenas o poder que renasce da fraqueza dos oprimidos será forte o suficiente para libertar ambos”.


PENSAMENTOS INSPIRADORES DE PAULO FREIRE


“Ensinar não é transferir conhecimento, mas sim criar possibilidades para sua própria produção ou construção.”


“Aceitar e respeitar a diferença é uma dessas virtudes sem as quais a escuta não pode se dar.”


“Ensinar requer respeito pela autonomia de ser do aluno.”


“Tornar-se alfabetizado não é aprender a repetir palavras, mas aprender a dizer sua palavra.”